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IA e Capacitação: Como Gerar Impacto Real nas Organizações

A adoção da IA vai muito além da implementação de novas ferramentas ou produtos.

Funcionários em capacitação
Funcionários em capacitação

Desde 2023, tenho liderado projetos de transformação digital, começando pela automação de processos e, mais recentemente, ampliando o escopo para a adoção estratégica da Inteligência Artificial. Minha missão é clara: não se trata apenas de implementar IA, mas de garantir que ela se torne um diferencial competitivo real, impulsionando a maturidade organizacional com as equipes de tecnologia.


A adoção da IA vai muito além da implementação de novas ferramentas ou produtos. Seu verdadeiro impacto depende de um fator frequentemente subestimado: a capacitação das pessoas para explorar todo o potencial da tecnologia. Mas capacitar não é somente treinar – é conectar indivíduos a uma visão estratégica, alinhada à liderança, à cultura organizacional e a um modelo de adaptação contínua.


Quando estruturada inteligentemente, essa preparação não só desenvolve habilidades técnicas, mas cria um ambiente onde a IA é utilizada de maneira sustentável e orientada ao crescimento da empresa. O desafio não está na tecnologia em si, mas na capacidade de integrá-la ao DNA da organização, transformando-a em aliada para decisões mais ágeis e competitivas.


Nos projetos que conduzo, sempre trago tranquilidade aos clientes ao trabalharmos três estados essenciais: "Panorama atual""Futuro ideal" e "Marco realista"Esse processo equilibra ambição e pragmatismo, garantindo que a adoção da IA avance de forma estruturada e gere impacto real no tempo que temos para fazer acontecer. Nos próximos tópicos, explorarei cada um desses aspectos e como eles moldam o futuro das empresas na era da Inteligência Artificial.


1. Panorama atual da maturidade da IA


O primeiro passo para qualquer transformação organizacional é compreender a realidade atual. No contexto de IA, isso significa avaliar:


  • Nível atual de maturidade em IA: Qual o nível de adoção e integração da IA nos processos e estratégias do negócio?

  • Habilidades e lacunas: Quais competências estão presentes na força de trabalho e quais estão ausentes?

  • Engajamento dos colaboradores: Qual o grau de resistência ou aceitação da IA nas equipes? Quais são os medos, esperanças e percepções predominantes?

  • Infraestrutura e ferramentas disponíveis: A organização tem acesso a plataformas e tecnologias necessárias para a implementação de IA?

  • Clima organizacional para mudança: Qual a disposição geral da organização para abraçar novas tecnologias e métodos de trabalho?


Uma análise detalhada pode ser conduzida utilizando ferramentas de avaliação de maturidade, entrevistas com stakeholders e benchmarking com empresas do setor.


Caso prático: O Banco Itaú realizou em 2023 um mapeamento completo de competências em IA, descobrindo que 78% dos colaboradores possuíam conhecimento básico sobre o tema, mas apenas 12% conseguiam aplicar conceitos avançados em suas rotinas diárias. Este diagnóstico fundamentou seu programa de capacitação segmentado.


2. Futuro ideal


Este é o ponto no qual a organização deseja estar ao final do processo de capacitação, em dezembro de 2025. Para definir esse estado, é essencial responder às seguintes questões:


  • Quais são os objetivos estratégicos da empresa em relação à IA?

  • Quais funções e áreas serão impactadas pela adoção da IA?

  • Qual o nível de fluência em IA esperado dos colaboradores?

  • Como a cultura organizacional precisará evoluir para suportar a integração da IA?

  • Que indicadores de sucesso demonstrarão que a capacitação foi efetiva?


A definição desse estado deve estar alinhada com tendências de mercado e boas práticas em gestão de mudanças organizacionais, como o modelo ADKAR, que fornece um framework para guiar as pessoas através do processo de mudança e inúmeras outras ferramentas de mudança comportamental. 


3. Marco realista


Nem sempre o futuro ideal pode ser alcançado integralmente devido a limitações de tempo, orçamento e resistência organizacional. Portanto, o marco realista corresponde ao ponto realista que a empresa pode atingir até dezembro de 2025.

Para estabelecer esse marco, é necessário considerar:


  • Recursos financeiros disponíveis para investimento em capacitação.

  • Capacidade de absorção da mudança pelos colaboradores.

  • Infraestrutura e tecnologia de suporte para a implementação de IA.

  • Tempo necessário para treinamentos e adaptações nos processos internos.

  • Contexto setorial e regulatório específico da organização.


A aplicação de uma abordagem ágil e iterativa pode ajudar a empresa a atingir um nível viável de maturidade antes de buscar níveis mais avançados. Estabelecer marcos intermediários de sucesso a cada trimestre permite ajustes de rota e demonstra valor de forma contínua.


Enquanto a equipe de tecnologia trabalha na criação e implementação das soluções de IA, o time de People já pode atuar no aprimoramento das competências da força de trabalho. Isso significa maximizar o uso dos recursos disponíveis e garantir que as pessoas estejam preparadas para explorar as potencialidades da IA desde o início. A transição para um ambiente impulsionado por IA não deve ser apenas uma questão tecnológica, mas sim uma evolução equilibrada entre inovação e capacitação humana.


Gestão da Mudança: 


Para que a adoção da IA seja bem-sucedida, não basta apenas capacitar as pessoas; é essencial entender a capacidade organizacional de absorver e sustentar essa mudança.

Cada empresa possui sua própria trajetória, desafios e maturidade. O sucesso na adoção da Inteligência Artificial não está apenas na tecnologia implementada, mas na forma como as pessoas e os processos se ajustam para extrair seu real valor. A gestão da mudança desempenha um papel central nesse cenário, garantindo que a capacitação não seja um esforço pontual, mas sim uma transformação sustentável e integrada à cultura organizacional.


Ao longo deste artigo, discutimos a importância de mapear o estado atual, estabelecer objetivos realistas e avançar de forma estruturada. A maturidade em IA não é um destino fixo, mas uma evolução contínua, e o diferencial das empresas bem-sucedidas será a capacidade de equilibrar inovação e desenvolvimento humano.


A pergunta-chave é: onde queremos estar em dezembro de 2025 e qual o próximo passo para chegar lá?


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