O que a recente decisão da Meta nos ensina sobre performance e empregabilidade
Mark Zuckerberg iniciou 2025 elevando o nível de exigência na Meta. A gigante da tecnologia anunciou que cortará 5% de sua força de trabalho, priorizando a saída de funcionários de "baixo desempenho". A decisão, além de ser um movimento estratégico de eficiência, levanta uma questão incômoda para muitos profissionais e gestores: se sua empresa fizesse o mesmo, qual seria o seu destino?
A ilusão da estabilidade no emprego
Muitas pessoas acreditam que sua permanência em uma organização está garantida pelo simples fato de estarem ali. A rotina, os anos de casa e a crença de que "ninguém percebe" quando entregam menos do que poderiam alimentam essa falsa sensação de segurança. No entanto, como demonstrado pela Meta, os tempos mudaram. Empresas de todos os setores estão elevando suas expectativas e exigindo mais de seus colaboradores.
A questão essencial é: você está realmente entregando o seu melhor? Ou está apenas "passando" enquanto acredita que ninguém está observando?
O papel dos gestores: a cultura da mediocridade
Se, por um lado, há funcionários que entregam menos do que deveriam, por outro, existem líderes que toleram performances abaixo do esperado. Muitos gestores evitam conversas difíceis e protelam decisões de desligamento por receio de confrontar colaboradores com baixa performance.
Vejo gestores e gestoras "bancando o amigão" ou "a amigona" de funcionários sem postura e com entrega real de 50%. Isso porque gostam dessas pessoas - um critério totalmente subjetivo. (eu me lembro de uma "gerente" que me prejudicou, porque eu falei algo que a preferida dela não gostou... rs) Esse tipo de comportamento compromete a equipe, gerando desalinhamento, injustiça e desmotivação entre os profissionais que realmente entregam resultados. Além disso, impacta a produtividade e cria um ambiente permissivo à mediocridade, prejudicando a cultura organizacional e os objetivos estratégicos da empresa.
Isso cria um ambiente onde o "mínimo aceitável" se torna o padrão. O impacto? Equipes desmotivadas, produtividade reduzida e uma empresa que carrega pesos desnecessários. Manter pessoas que não agregam valor é desrespeitoso com quem entrega resultados consistentes.
A percepção de performance: sua empresa vê mais do que você imagina
Um dos grandes erros de profissionais que não se esforçam é acreditar que a empresa não percebe. A realidade é que as empresas sabem quem entrega valor e quem está apenas ocupando espaço. Mesmo que essa avaliação nem sempre seja explícita, os sinais estão por toda parte: feedbacks diretos ou indiretos, desafios não atribuídos, oportunidades que vão para outros colegas.
Mesmo que você seja um puxa-saco e que o chefe te ame, na hora de comprovar resultados, se não entrega o esperado, sinto muito, todo o seu esforço de ser politicamente querido cai por terra. A empresa precisa de performance e maturidade.
O desligamento de 5% dos funcionários da Meta pode parecer uma decisão drástica, mas é, acima de tudo, uma mensagem clara: as empresas querem pessoas que agreguem valor, não apenas que ocupem um cargo.
Como evitar estar na lista de corte?
A frase "Eu acho que sou diferenciado, eu acho que eles percebem meu valor" não funciona. Achismo no que tange a performance te faz ser demitido. Se você mesmo não tem certeza, a empresa teria? Você precisa de evidências claras e mensuráveis de seus resultados.
Diante desse cenário, a reflexão é inevitável: o que você está fazendo para garantir que sua empresa o veja como um ativo valioso?
Aqui estão algumas perguntas para provocar sua análise:
Você entrega resultados consistentes ou apenas cumpre suas obrigações mínimas?
Seus colegas e líderes reconhecem seu impacto na empresa?
Você está se desenvolvendo ou estagnado?
Se sua empresa precisasse cortar os 5% menos produtivos, seu nome estaria em risco?
A resposta sincera a essas perguntas pode ser o primeiro passo para garantir que sua carreira não esteja nas mãos de cortes inesperados.
Conclusão: performance é um jogo contínuo
O mercado está mais competitivo do que nunca. Se você quer se destacar, precisa demonstrar resultados consistentes e agregar valor continuamente. Lembre-se: seu esforço deve ser percebido e mensurável, não apenas baseado em boas relações.
Se este artigo fez você refletir, compartilhe com colegas e gestores para fomentar um debate sobre performance e desenvolvimento profissional. Afinal, todos podem se beneficiar de um olhar mais atento para sua trajetória no mercado de trabalho. Empresas exigem alto desempenho e líderes precisam garantir que suas equipes sejam compostas pelos melhores talentos. Se você não quer estar na próxima lista de cortes, seja o profissional que a empresa lutaria para manter.
E se você é gestor, reflita: você está mantendo profissionais de baixo desempenho por comodidade? Porque, no final, o verdadeiro risco não está apenas nos que são demitidos, mas também em quem continua tolerando a mediocridade.
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