A evolução organizacional de uma empresa pode ser rapidamente sufocada por uma cultura de trabalho que desencoraja a busca de novas maneiras de melhorar os negócios. Como consultora de gestão de mudanças, é meu trabalho desafiar essa mentalidade corrosiva do “sempre fizemos assim” e criar um ambiente que fomente, reconheça e fortaleça ideias de negócios e novas formas de se fazer as coisas.
Como seres humanos, queremos constantemente buscar segurança e proteção - mas quando se trata de negócios, muitas vezes a mudaça é pela nossa própria sobrevivência.
Ponto 1: Se você quer que sua empresa sobreviva, pare de se apegar à maneira como sempre fez as coisas.
Seu negócio acabará ficando dispensável, obsoleto, lento se você continuar valorizando a maneira como sempre fez as coisas. Lembre-se: o sucesso do passado não garantirá o sucesso no futuro. Simplificando: as coisas mudam, e as empresas que continuam crescendo são as que se adaptam e estão receptivas a abraçar essa realidade.
Ponto de esclarecimento: não estou dizendo para pegar tudo o que você faz hoje, cada sistema ou processo e jogá-lo pela janela para trocar por alguma coisa nova e brilhante. O que estou dizendo é que se você quer INOVAR e PROSPERAR, e não apenas SOBREVIVER nos negócios, tem que ter coragem de colocar tudo o que faz na mesa e perguntar:
Se começássemos esta organização hoje, com base em tudo o que sabemos e em tudo que temos, é assim que continuaríamos fazendo?
Se a resposta a essa pergunta for não, então pare de fazer as coisas da mesma forma que sempre foram feitas. Questione, faça a pergunta: Porque as coisas são feitas assim?
Ponto 2: Se você quer começar uma mudança evolucionária, pergunte o por que
Não aceite a afirmação "sempre fizemos assim". Obtenha uma justificativa. Faça a pergunta, por que? Eu não estou garantindo que isso vai resolver o problema. No entanto, você obtém uma das duas oportunidades de fazer essa pergunta:
A primeira oportunidade é você obter uma explicação sobre por que um determinado método ou prática foi adotado. Pode haver razões perfeitamente válidas. Você pode concordar com esses motivos e decidir incorporá-los em suas sugestões para automatizar suas implantações. Por outro lado, você pode descobrir que o motivo pelo qual eles estavam fazendo alguma coisa em particular foi por causa de uma limitação técnica que não existe mais. Você pode até descobrir que o motivo é apenas pura preguiça e medo de mudar e, ao perguntar o "por que", você os faz explicar por que as coisas precisam mudar.
A segunda oportunidade que você pode obter pedindo uma explicação é a mais simples das respostas: não sei. Esta é a melhor resposta se você espera mudar as atitudes e abordagens das pessoas. Se ninguém puder justificar por que está fazendo um trabalho, a não ser porque foi instruído, as chances de mudar esse trabalho específico são bastante altas (mas preciso confessar que quase ninguém fala não sei, as justificativas sempre estão na ponta da lingua... kkk). Às vezes, mesmo que eles não saibam por que estão fazendo uma coisa de determinada maneira, eles vão insistir em continuar.
Eu poderia ficar horas escrevendo sobre este assunto, mas a mensagem que gostaria de deixar no final é: torne-se uma empresa que abrace novas perspectivas e novas formas de fazer as coisas. Não se contente com 'é assim que sempre fizemos', mas sim abrace a mentalidade 'e se tentássemos'.
Seja corajoso e comprometido na melhoria da área ou do seu negócio. Seja real sobre a maneira como você faz as coisas e pare de usar essa desculpa como um escudo para evitar ter que fazer o trabalho necessário para melhorar, adaptar e prosperar nos negócios nos dias de hoje.
Autora: Marcela Azevedo